Como abrir uma conta offshore no Uruguai, Vale a pena, quais Vantagens e o Custo efetivo?

Como abrir uma conta offshore no Uruguai, Vale a pena, quais Vantagens e o Custo efetivo?

julho 12, 2022 0 Por Eduardo Esquivel Rios

Conheça as Principais Vantagens em Abrir uma Conta Offshore no Uruguai

Sempre dando a melhores dicas em nosso artigos, abrir uma empresa offshore pode trazer diversos benefícios para o seu negócio. Esses benefícios incluem redução de custos de manutenção, redução da carga tributária, aumento da confidencialidade de suas informações financeiras, redução de obrigações legais e proteção de seu patrimônio.

Um país fofo sempre aparece em uma conversa entre brasileiros que são old school no negócio offshore. Sim, estou falando do nosso vizinho Uruguai. Por muitas décadas, o Uruguai foi um paraíso fiscal cuja tributação não existia para a maioria das Sociedads Anónimas abertas por estrangeiros.

Além disso, a principal vantagem desse país era o sigilo, que era praticamente absoluto. Até 2011, era possível ali constituir uma determinada forma de sociedade anônima, as SAFIs (Sociedades Anônimas Financeiras de Investimento). Essas empresas tinham ações ao portador e nenhuma agência governamental sabia quem era o dono da empresa.

Coincidentemente, a lei uruguaia mudou e hoje o país começou a seguir as normas prescritas pela OCDE (esse órgão internacional que tem como objetivo monitorar você, conscientizá-lo e controlar tudo siga as diretrizes de transparência fiscal (banco do planeta). Uruguai não é mais considerado um paraíso fiscal.

I) BENEFÍCIOS FISCAIS E SEGURANÇA JURÍDICA

Como vimos, após o cumprimento das regras da OCDE, o Uruguai deixa de ser considerado paraíso fiscal. A única exceção são as SAFIs, que são entendidas como uma forma jurídica com regime tributário privilegiado. No entanto, como nenhuma nova SAFI pode ser fundada lá e as existentes estão agora sujeitas ao regime tributário geral do Uruguai, não há mais paraíso fiscal no Uruguai.

O lado bom disso é que o estado brasileiro tem mais boa vontade com os países que cumprem os padrões da OCDE.

Por exemplo, uma empresa brasileira que tenha filiais ou subsidiárias em paraíso fiscal será tributada com as exigências e vigilância impostas pela Receita Federal do Brasil para casos relacionados a paraísos fiscais. Dessa forma, a empresa residente no Brasil é tributada sobre os rendimentos auferidos no exterior. Em outras palavras, a empresa tem que pagar no Brasil a diferença entre o imposto de renda exigido no Brasil e o imposto de renda pago no exterior.

Por outro lado, uma empresa cuja filial ou subsidiária esteja localizada em país que não seja considerado paraíso fiscal não aplica essa obrigação tributária imposta pela autoridade fiscal brasileira e a matriz teoricamente não tem que arcar no Brasil com o pagamento da diferença entre o imposto pago no exterior e o imposto exigido no Brasil.

Como o Uruguai não é mais um paraíso fiscal, isso significa que sua empresa uruguaia será tributada sem os impostos e fiscalização que o Estado brasileiro exige para empresas sediadas em paraísos fiscais. Ou seja, você declara tributação no Uruguai, cujas alíquotas são menores, e não é obrigado a pagar a diferença no Brasil.

Assim, trabalhar no Uruguai traz benefícios fiscais para o empresário. Além disso, não há insegurança jurídica para países com status de paraíso fiscal. Em teoria, como o Uruguai segue os padrões da OCDE, a Receita Federal do Brasil não colocará sua empresa em uma lista negra de empresas suspeitas, tornando-a menos propensa a aprovar leis tributárias severas, multas etc.

II) ZONA FRANCA ZONAMERICA

O PIB do Uruguai vem crescendo em média 3 por ano nos últimos tempos, ao contrário do Brasil. Uma razão importante para isso é o fato de os Hermanos manterem 12 zonas francas com mais de 800 empresas estrangeiras. Por exemplo, o Brasil, cujo território é quase 50 vezes maior que o Uruguai, tem apenas uma zona de livre comércio.

A principal vantagem de operar em zona franca é o fato de que qualquer exportação de produtos ou serviços está isenta de tributação. A maior zona de livre comércio do Uruguai, chamada Zonamerica, reúne inúmeras vantagens e incentivos para que empresas estrangeiras se instalem aqui.

Vale destacar que o Uruguai foi o país latino-americano escolhido pelo laboratório biomédico de origem alemã Merck para conduzir suas operações de medicamentos na América Latina. De acordo com o gerente geral da empresa, Pablo González, o Uruguai é ideal por estar próximo das maiores economias do continente e livre da burocracia que as operações enfrentariam se instaladas na Argentina ou no Brasil. Ele também estimou que a operação no Brasil seria até dez vezes mais cara.

Isso nos leva à pergunta: sua empresa não seria dez vezes mais vantajosa se operasse no Uruguai e não no Brasil? É muito provável que haja vantagens, especialmente se você estiver na indústria.

Não é por acaso que a empresa japonesa Shimadzu, fabricante de equipamentos de análises clínicas e diagnósticos, foi outra multinacional que escolheu o Uruguai em detrimento do Brasil, embora o mercado brasileiro represente 75 de suas empresas na América Latina.

III) CONTAS BANCÁRIAS MULTI-MOEDA E DIVERSIFICAÇÃO

Outra grande vantagem do Uruguai é seu sistema bancário. Se você tiver uma conta bancária lá, terá acesso a serviços e produtos que não são oferecidos por bancos brasileiros.

No caso do Uruguai, a principal vantagem é que a legislação permite que os bancos aceitem mais de uma moeda. Isso permite que você gerencie suas contas não apenas com pesos uruguaios, mas também com dólares americanos ou euros, embora as taxas de gerenciamento de contas para essas duas moedas tendam a ser mais altas.

O Uruguai tem os maiores bancos internacionais. Entre eles estão BBVA, Santander, HSBC e Itaú. Com o BBVA, todo o processo pode ser feito online e o cliente só tem de se deslocar à agência para levantar o cartão e assinar o contrato.

Vale ressaltar que não residentes também podem abrir uma conta no Uruguai desde que seja em dólares americanos. Para abrir uma conta lá, basta enviar cartas de recomendação de seus bancos em território brasileiro, juntamente com seus documentos pessoais e comprovante de residência. No caso de uma pessoa jurídica, você pode ser obrigado a ter um Certificado de Regularidade, que é um certificado emitido pelo governo que certifica que sua empresa está em dia com suas contas.

As pessoas que mais se beneficiam de poder abrir contas bancárias em diferentes moedas são aquelas que fazem intercâmbio, como estudantes ou aventureiros, bem como aqueles empreendedores que fazem negócios em mais de um país e precisam fazer pagamentos em moedas de diferentes países.

No entanto, as vantagens de uma conta bancária estrangeira não se limitam a apenas algumas pessoas. Na verdade, os benefícios são para todos. Isso porque a conta bancária no exterior, e principalmente em diferentes moedas, é uma ótima forma de diversificação.

Não custa lembrar que as moedas nacionais não têm um bom histórico de inflação. Ou seja, um real já foi igual a um dólar, mas na data desta redação, um real é igual a quatro dólares. Isso significa que o real perdeu 75 de seu valor de face em relação ao dólar.

Nesse contexto, se você detivesse parte do seu patrimônio em dólares, poderia evitar essa desvalorização por meio da diversificação de moedas.

Por fim, é importante dizer que, além das contas bancárias, o Uruguai também surpreende pela agilidade na troca de moedas nas casas de câmbio. Diferentemente do Brasil, onde é preciso responder a um questionário e apresentar documentos na hora de comprar moeda estrangeira, no Uruguai é possível trocar reais por pesos, euros, dólares e outras moedas de forma desburocratizada. Tão fácil quanto comprar um lanche.

IV) LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Finalmente, a última e mais óbvia vantagem da abertura offshore no Uruguai: a proximidade com o Brasil. A conexão do voo Montevidéu – São Paulo leva apenas 2h30min e há pelo menos três voos diretos diários. Se você estiver hospedado em Porto Alegre, é possível ir até Montevidéu em apenas nove a onze horas de carro (praticamente a mesma distância entre PoA e Curitiba).

Portanto, concordo com as palavras do diretor geral da empresa Meck. O Uruguai é ideal porque fica perto de duas das maiores economias da América Latina, Argentina ou Brasil.

Consulte esse valor pelo nosso whatsapp, porem  custo de manutenção administrativa de uma “offshore” no Uruguai atualmente, por exemplo, gira na média de U$ 200(duzentos dólares) a U$ 300 (trezentos dólares) por ano, podendo ter variações de acordo com seu ramo de atuação, sendo suas transações quase praticamente isentas de tributação.
Se voce tem interesse voce pode abrir uma conta no Uruguai mesmo sem ser residente no pais, desde que seja em dólares americanos. Para abrir uma conta por lá, basta enviar cartas de recomendação de seus Bancos em território brasileiro, bem como seus documentos pessoais e um comprovante de residência.

CONCLUINDO

Uruguai mudou muito. Claro, nosso vizinho não é um paraíso fiscal como costumava ser, e essa mudança traz todos os prós e contras.

E, apesar das mudanças, o que não muda é o fato de o Uruguai ser um excelente país para investir. O Uruguai é um país promissor que, aos olhos de todos os investidores e empresários, deve colher os benefícios fiscais de uma holding de heranças ou toda a operação de sua empresa lá.

Nossa missão, como sempre, é fornecer informações que facilitem a vida dos investidores brasileiros, ajudando-os a pensar fora da caixa, ultrapassar seus limites e aliviar o peso do Estado em seus ombros.

 

Nada irrita mais um nacionalista uruguaio do que ouvir um estrangeiro descrever seu país como paraíso fiscal. Para um brasileiro, no entanto, isso é cada vez mais verdade. Desde julho, o Uruguai é o único mercado externo para o qual os brasileiros podem enviar seu dinheiro e trazê-lo de volta praticamente isento de impostos. A lista da Receita Federal, divulgada há menos de três meses, que determina quais países o Brasil considera legalmente paraísos fiscais, omitiu o menor país do Mercosul, criando uma vantagem imbatível em favor dos bancos sediados em Montevidéu. Enquanto o dinheiro brasileiro que sai de portos oficiais como as Ilhas Cayman e as Bahamas agora paga 25 de imposto de renda quando chega ao Brasil,

A ideia da receita quando a lista foi anunciada era recolher os impostos aqui Recursos de brasileiros não tributados em paraísos fiscais. Para o IRS, no entanto, o imposto sobre o dinheiro que os brasileiros mantêm no Uruguai é considerado pago no país de origem, ainda que a alíquota do imposto não ultrapasse uma alíquota quase simbólica de 0,3 por ano sobre o capital de uma empresa offshore? ou seja, destina-se apenas a aplicações fora do mercado uruguaio. O imposto sequer incide sobre o lucro dos investimentos ou sobre o total de ativos sob o controle da empresa.

A combinação das leis locais com a lista de paraísos fiscais do Brasil faz do Uruguai o único mercado do mundo pelo qual os brasileiros podem escapar de impostos sem cruzar a linha da legalidade e sem esconder seu dinheiro do governo. Do ponto de vista fiscal, é sem dúvida um paraíso. Muitos brasileiros sabem disso: segundo um estudo do serviço de inteligência da Receita Federal, 40 das contas abertas no Uruguai hoje são de brasileiros. A Receita Federal monitora de perto o fluxo de divisas para Montevidéu, mas não vai mais longe. O constrangimento é de natureza política.
Brasil e Argentina, a outra principal fonte de divisas para o mercado uruguaio, antes queriam negociar uma mudança nas regras liberais que o país mantém para as transações financeiras, mas o Mercosul colocou uma pedra no assunto. O governo uruguaio foi claro desde o início das negociações de construção do bloco: se desistir de suas regras fiscais, o Uruguai preferiria ficar fora da área de livre comércio.

Depois de tomar a decisão política de não contestar o regime tributário uruguaio, o governo brasileiro também encontrou um bom argumento técnico. Classificações internacionais como as da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), adotadas pela Receita Federal, não classificam o Uruguai como paraíso fiscal, pois normalmente tributa investimentos produtivos e bancos domésticos. As únicas protegidas pelas tarifas mais liberais são as chamadas operações offshore. São aquelas de onde o dinheiro vem do exterior e também é destinado a outro mercado externo. O mercado financeiro uruguaio serve apenas como porta de entrada.

Para brasileiros ricos, é uma passagem barata e fácil para o mundo, sem impostos de renda e riqueza. A manutenção de uma empresa offshore em Montevidéu custa pouco mais de US$ 2.000 por ano, que são pagos a um escritório de advocacia que cuida dos livros contábeis, fornece demonstrações financeiras e registra a sede. neste caso o endereço do banco. O processo é em nenhum momento. Os escritórios geralmente já têm empresas abertas na gaveta controladas por ações ao portador que podem ser transferidas para o novo proprietário a qualquer momento. Os brasileiros nem precisam arriscar o Portunhol para fazer negócios, pois o português é a língua falada pela maioria dos advogados em grandes escritórios.
A lei que regulamenta os negócios offshore no Uruguai Tem agora mais de 50 anos e atraiu para o país muitas das grandes empresas financeiras internacionais, como Citibank, Lloyds e BankBoston. No mercado local havia apenas pesos pesados. A presença de instituições dessa magnitude e a estabilidade política do país, rara na América do Sul, são a base do projeto uruguaio de transformar o país no centro financeiro offshore do continente. ?Sua idéia é criar lá uma espécie de Suíça brasileira? compara o advogado Newton José de Oliveira Neves, presidente de uma das maiores consultorias jurídicas de São Paulo. No caminho para o crescimento mais acelerado da praça, porém, fica a memória da malfadada Operação Uruguai, com a qual o então presidente Fernando Collor justificou a existência de verbas atribuídas a sobras de campanha. “Collor acabou classificando todas as operações realizadas no Uruguai como ilegais. Os brasileiros rejeitam isso? relata Edemir Marques de Oliveira, Diretor Geral da BDO Directa. Atentos ao problema, os uruguaios estão atacando: a maioria das empresas brasileiras em busca de informações sobre o mercado de Montevidéu já foi contatada por um escritório uruguaio, segundo Edemir.